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País precisa atacar causas que geram aumento dos juros, afirma Fiep

Após confirmação de mais uma alta na taxa Selic, presidente Edson Vasconcelos defende medidas efetivas de equilíbrio fiscal para reduzir pressão inflacionária

Por: José Monteiro Fonte: Assessoria
30/01/2025 às 17h40
País precisa atacar causas que geram aumento dos juros, afirma Fiep

Após mais um aumento de um ponto percentual na taxa Selic, confirmado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) nesta quarta-feira (29), o presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Vasconcelos, considera fundamental que o Brasil ataque com seriedade as causas que levam o país a ter um dos juros mais elevados do mundo. Em sua opinião, é preciso que se encontrem soluções efetivas para o desequilíbrio das contas públicas, principal gerador da pressão inflacionária usada como justificativa para a decisão do Copom.

“O ciclo de aumento da taxa Selic tem entre suas causas principais o descontrole fiscal e nós temos que confrontar essa causa”, afirma Vasconcelos. “O não cumprimento do arcabouço fiscal eleva a dívida pública a cada ano e coloca o Brasil em uma encruzilhada”, completa.

Os juros mais altos, por sua vez, dificultam que as empresas acessem recursos para investir no aumento de sua produtividade. “Especialmente em um momento em que a capacidade de mão de obra do país está praticamente tomada, investir em aumento da produtividade é uma estratégia prioritária. Precisamos atualizar tecnologicamente o nosso parque fabril, mas o grande inimigo que nós temos é o acesso ao crédito e o custo desse recurso”, explica o presidente da Fiep.

Para Vasconcelos, encontrar soluções para essas questões é o caminho para que o país consiga ter crescimento econômico em longo prazo. “Todo esse cenário atual passa um recado de que o Brasil não pode crescer. Não conseguimos converter o crescimento do PIB em aumento de produtividade, e o aumento dos juros, causado principalmente pelo desequilíbrio fiscal, é um desastre para quem precisa investir cotidianamente em ativos”, conclui.

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