Em um mundo cada vez mais digital e inovador, proteger ideias e criações se tornou uma necessidade para empresas de todos os tamanhos. Acompanhando essa tendência global, empreendedores de Cascavel têm tido um novo olhar sobre a proteção de Propriedade Intelectual (PI).
De marcas a patentes, empresas locais, especialmente startups e empreendedores do setor de tecnologia, estão se movimentando para garantir que suas inovações fiquem protegidas de cópias e de disputas judiciais.
“Estamos vendo setores como tecnologia, agronegócio e até varejo despertarem para a importância de registrar suas marcas e patentes. É uma realidade que, até pouco tempo atrás, não recebia tanta atenção", explica o advogado Rômulo Mingotti, especialista em PI.
Mais do que garantir exclusividade, proteger uma ideia ou uma marca é uma forma de agregar valor ao negócio e criar barreiras de entrada para concorrentes.
Hoje, quem aposta em inovação também precisa apostar em proteção, pois o crescimento da cidade trouxe uma nova realidade para o mercado local. Esse novo cenário reflete uma mudança significativa de mentalidade na região.
TECNOLOGIA E AGRONEGÓCIO À FRENTE
No cenário regional, os setores de tecnologia e do agronegócio são os principais impulsionadores dessa demanda crescente. O ecossistema de startups em Cascavel está em expansão, com empresas registrando inovações em software, hardware e soluções tecnológicas. No agronegócio, biotecnologia, novas máquinas e processos inovadores estão cada vez mais protegidos legalmente. Além disso, o varejo e a indústria local têm se mostrado ativos no registro de marcas para assegurar sua identidade no mercado.
"Esses setores estão mostrando que a proteção de inovações é fundamental para garantir o sucesso a longo prazo", afirma Mingotti.
IGNORAR A PI PODE CUSTAR CARO
Para os empresários que ainda não investem na proteção de Propriedade Intelectual, os riscos são consideráveis. Sem o registro formal, o empreendedor fica vulnerável a cópias e apropriações indevidas, o que pode comprometer a empresa. Além das perdas financeiras, a reputação e a confiança dos clientes podem ser seriamente prejudicadas.
"Empresas que não protegem seus ativos correm o risco de perder posição no mercado e enfrentar longas batalhas judiciais", alerta o advogado.
REGISTRO FORMAL OU INFORMAL?
Muitos acreditam que o simples uso de uma marca oferece alguma proteção, mas esse é um equívoco. O registro no INPI é a única forma de garantir proteção legal no Brasil. Segundo Mingotti, a proteção informal pode funcionar temporariamente, mas apenas o registro garante exclusividade de uso e segurança jurídica.
Quando o assunto são patentes, a questão se torna ainda mais delicada, uma vez que inovações podem ser copiadas rapidamente sem a devida proteção. Por isso, o momento certo para buscar apoio é agora.
“As empresas devem procurar assessoria jurídica assim que identificarem um ativo valioso, seja ele uma marca, um processo inovador ou uma patente”, orienta o advogado.
PRIMEIRO PASSO: IDENTIFICAR ATIVOS
Para garantir a Propriedade Intelectual, o primeiro passo é identificar o que precisa ser protegido. O especialista recomenda que as empresas façam um levantamento detalhado de seus ativos intangíveis, como marcas, softwares, invenções e desenhos industriais. A partir disso, é hora de realizar o registro no INPI, preferencialmente com o auxílio de uma assessoria jurídica especializada para garantir que o processo ocorra de forma eficiente e sem complicações.
“O INPI garante o direito de exclusividade e, no caso de patentes, oferece a proteção por um determinado período, durante o qual a invenção não pode ser copiada ou explorada sem autorização”, reforça Mingotti.
Ele lembra que o aconselhamento jurídico assegura que o processo de registro seja feito corretamente e para que a empresa compreenda os benefícios de cada tipo de proteção. Além disso, o suporte jurídico é fundamental em negociações contratuais, como no licenciamento de tecnologia ou transferência de conhecimento.
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